“Nossa, as crianças de hoje em dia são muito avançadas! Antigamente … o bebê só ia abrir o olho com 1 mês, hoje já nasce esperto! Hoje em dia, com 2 anos já mexem em iPhone, entendem inglês, etc etc”.

Não sei quantas vezes, como pai, escutei isso nos últimos 5 anos. Acho que esta postagem é muito mais uma reflexão do que uma resposta pra qualquer pergunta que se segue abaixo.
Tem várias coisas nestas frases que acho engraçadas, algumas vezes equivocadas. Mas pra mim, o maior conceito que deveria-se colocar em avaliação nesta frase é: Se realmente crianças nascem hoje mais espertas que há 30, 40, 50 anos atrás, porque quando passam dos 15 anos a idade mental não evolui? Jovens de 18, 20 anos com maturidade tão abaixo de suas idades. Tudo aquilo que fora considerado vantagem ao nascerem se perdeu onde?
A Maturidade – ou a idade madura – parece que nunca chega. A impressão que tenho ao olhar muitas vezes é que dá a impressão daquelas bananas de supermercado – que passam de verde à estragadas sem amadurecer de verdade. 
Engraçado como há anos atrás, 17 anos já era “homem formado”, “mulher adulta”. Hoje, com 22, pais tratam seus filhos como crianças. Com 18 anos, muitos dos que hoje são pais de jovens da mesma idade já estavam trabalhando há tempos, fazendo suas faculdades baseados em suas preferências ou necessidades, namorando seriamente (alguns até casando). Já possuiam autonomia real para viverem a vida. Mas estes mesmos, tratam continuamente seus filhos como crianças, não permitindo que cresçam e amadureçam de verdade.
O que acontece entre a “capacidade extraordinária” da criança com 4, 5 anos de idade e a total “incapacidade” emocional, de maturidade mesmo do jovem com seus 16, 18, 20 anos?
Pais reclamam da imaturidade de seus filhos, mas não estimulam a maturidade real. Não dão responsabilidades, não conversam, não ensinam mais. Apenas mandam à escola. Jovens de 15-25 anos que não sabem se virar sozinhos. Pais que super-mimam seus filhos adolescentes fazendo suas camas, entregando-lhes o prato de comida pronto, arrumando a bagunça deles, sendo completamente condescendentes tendo medo de dizer um “não”… estes pais depois querem cobrar atitudes maduras de seus filhos na hora da quebra de um relacionamento (que não deu certo porque eram imaturos), na rejeição de uma entrevista de emprego, no fracasso de um vestibular não passado.
O que mais me preocupa é que esta imaturidade tem reflexos também na vida espiritual da juventude que temos hoje na igreja, e será ainda mais grave na juventude que se levanta na próxima geração.
Jovens que querem que Deus seja simplesmente o “cara” que arruma a bagunça que fazemos nas nossas decisões erradas do dia a dia. É aquele que está para servir meus desejos, “fazer o prato” das minhas necessidades, entregar nas minhas mãos enquanto não tenho o trabalho nem de tirar depois da mesa.
Penso que pais precisam olhar mais seus filhos como na antiguidade. Uma criança com 12 anos já deveria estar pronta para ser adulta (mesmo que só fosse reconhecida como um adulto que valesse a pena ouvir apenas bem mais velho). Esta “criança” já deveria estar pronta para arcar com suas decisões, consequencias de erros, pecados e tudo mais. Pare de tratar seu filho como criança. E você, jovem (se é que leu até aqui… este texto tem muitas letras e poucas figuras, né?) que quer ser tratado como alguém maduro… talvez deva começar a agir com maturidade.
O Alvo de Deus para nossas vidas é que sejamos maduros – fisicamente, psicologicamente e espiritualmente. Nosso papel é exercitarmos esta maturidade – seja como pai ou como jovem. Cristãos que são imaturos emocionalmente, socialmente, dificilmente conseguirão se tornar maduros espiritualmente.
Se você realmente é cristão, e de fato quer ter um relacionamento decente com Deus, então, comece a tomar atitudes maduras hoje mesmo. Responsabilize-se por seus atos. Responsabilize-se (no mínimo) por aquilo que é seu.
“E ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres, com o fim de preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado, até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo.
O propósito é que não sejamos mais como crianças, levados de um lado para outro pelas ondas, nem jogados para cá e para lá por todo vento de doutrina e pela astúcia e esperteza de homens que induzem ao erro. Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo.”
Efésios 4:11-15
Tem mais que precisava falar sobre isso… mas fica pra outro dia.
E ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres,
com o fim de preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado,
até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo.
O propósito é que não sejamos mais como crianças, levados de um lado para outro pelas ondas, nem jogados para cá e para lá por todo vento de doutrina e pela astúcia e esperteza de homens que induzem ao erro.
Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo.

Efésios 4:11-15