Chamamos os índios de cultura primitiva, e muitas vezes ainda hoje os temos como “selvagens” e incultos… mas de fato, talvez seja justamente o oposto. Como complementa o comentário que ouvi no aeroporto (ainda em Porto Velho) de uma senhora bem elegante que estava atraz de mim falando em relação aos indígenas que iam pegar um avião para Manaus: “É… índio agora também anda de avião… Uga-Uga! Grande pássaro!” – mal sabe ela que talvez alguns daqueles tivessem uma formação acadêmica maior que a dela.

Aprendi muitas coisas nestes quatro dias, e gostaria de postar algumas aqui (aos poucos para não cansar ninguém).

Talvez a menos surpreendente e ressaltável aqui (principalmente porque muitos me perguntam) é que não se deve julgar pela aparência simples jamais e é preciso esquecer o estereótipo hollywoodiano do indígena (tal qual o da dama acima citada). Claro, muitos deles tem apenas até a quarta série… mas perguntar: “você falar português” é burrice… muitos deles tem alta graduação, e talvez falem mais idiomas que a maioria de nós (pelo menos de 2 a 4). Simplicidade não é incapacidade.