Estes dias assisti ao filme “à Procura da Felicidade” (aquele com o Will Smith com cara de tiozão). Excelente filme, roteiro cativante e história do jeitinho que a gente gosta de assistir – com final feliz e tudo mais, e apesar de você saber disso desde o momento que senta no sofá pra assistí-lo, o suspense continua.
O que achei interessante no filme é que Chris (o personagem do Will) se concentra na declaração de independência dos EUA para dizer “por que não sou feliz?!” e algo ressaltou ali para mim (e também para o personagem) é que na declaração diz que “todos têm direito à perseguir a felicidade” (everyone has the right of persuit of happiness). Percebeu? Na tradução colocaram mais suave um pouco “a PROCURA da felicidade”, mas na verdade é a PERSEGUIÇÃO da felicidade…
O personagem faz uma colocação fantástica. Todos têm direito de perseguir mas não quer dizer que todos vão encontrá-la.
O problema é que todos estão à caça da felicidade, mas ninguém consegue capturá-la e mantê-la em cativeiro. O filme quase sugere que os financeiramente prósperos conseguiram fazê-lo, mas garanto que pela experiência não é possível fazê-lo. As pessoas estão caçando a felicidade no mato errado, levando “feliz cidade” no lugar de felicidade achando que conseguiram. No final, todos torcemos ser aquele cara do filme… mas ele encontrou o sucesso, não a felicidade; isso porque felicidade não é um produto, mas quase que um estado de espírito… é a certeza de ter o melhor mesmo quando na pior.