Estas são coisas que tenho reparado Brasil afora, e estou escrevendo aqui muito mais como um lembrete pra mim do que como forma de julgamento. Todos somos capazes de afundar uma igreja, mas a Igreja não é minha. É de Cristo. Muitas vezes a igreja não irá afundar em sua existência, mas irá afundar no padrão que deveria ter. Vigiem!
Um mantra que tem ecoado na sociedade e tem entrado nas igrejas, é aquele bom e velho “você é único e especial“. Na verdade, não acho que isto seja em todo errado. Cada um é único e especial. Mas na sociedade as pessoas pensam isto somente de si mesmas… E todos tem o direito disso, direito daquilo. Todos se sentem ofendidos por causa de coisas idiotas. Chega a ser errado pensar diferente, afinal, pensar diferente é ser preconceituoso a respeito de pessoas que pensam naquilo que eu penso. Qualquer pensamento levemente diferente chega a ser entendido como ofensa pessoal. A visão “eu sou importante para Deus” é verdade quando lembrado que todas as outras pessoas ao redor de quem está pronunciando a sentença também o são. Que somos especiais é fácil lembrar, por isso Jesus só adicionou o “ao próximo como a ti mesmo”… a primeira parte já era óbvia. A igreja não é só pra você. Jesus não é só pra você.Uma das coisas mais cruéis que o pós-modernismo e poder aquisitivo tem levantado na igreja é a terceirização do ser cristão. Crentes preferem trabalhar um pouco mais para pagar alguém para fazer o ministério que eles deveriam estar fazendo.
Precisa-se de visitas? Contrate alguém bom de papo.
Precisa-se de evangelismo? Contrate alguém com este dom, pq eu não tenho.
Precisa-se de discipulado com os adolescentes? Contrate alguém para faze-lo.
Precisa-se de música? Contrate um ministro pra isso.
Aliás, entenda: não sou contra o reconhecer e recompensar financeiramente pessoas que estão responsáveis por determinadas áreas na igreja. Não Sou! Mas sou contra a filosofia de “paga-se para alguns fazerem enquanto os outros assistem”. Uma igreja onde somente 10% trabalha é uma igreja onde 90% é visitante – e entenda: não está sendo igreja.
Ser cristão é ser discípulo. Que envolve ação de imitar Cristo. Assistir não é ser discípulo – o que por sua vez não é ser cristão.
