Seguem alguns passos (não-exaustivos) de como ajudar a afundar sua igreja 
Estas são coisas que tenho reparado Brasil afora, e estou escrevendo aqui muito mais como um lembrete pra mim do que como forma de julgamento. Todos somos capazes de afundar uma igreja, mas a Igreja não é minha. É de Cristo. Muitas vezes a igreja não irá afundar em sua existência, mas irá afundar no padrão que deveria ter. Vigiem!
1) Lembre-se: Você é importante para Deus. Se alguém mais quer pensar assim, que lembre-se sozinho. Deus quando criou o mundo, estava pensando em você. Quando Jesus morreu na cruz, de todas as pessoas, ele lembrou de você. Agorinha. Neste instante que você está lendo esta palavra! Lembre-se disso. Ou seja, quando Deus te desenhou, ele tava namorando….
Um mantra que tem ecoado na sociedade e tem entrado nas igrejas, é  aquele bom e velho “você é único e especial“. Na verdade, não acho que isto seja em todo errado. Cada um é único e especial. Mas na sociedade as pessoas pensam isto somente de si mesmas… E todos tem o direito disso, direito daquilo. Todos se sentem ofendidos por causa de coisas idiotas. Chega a ser errado pensar diferente, afinal, pensar diferente é ser preconceituoso a respeito de pessoas que pensam naquilo que eu penso. Qualquer pensamento levemente diferente chega a ser entendido como ofensa pessoal. A visão “eu sou importante para Deus” é verdade quando lembrado que todas as outras pessoas ao redor de quem está pronunciando a sentença também o são.  Que somos especiais é fácil lembrar, por isso Jesus só adicionou o “ao próximo como a ti mesmo”… a primeira parte já era óbvia. A igreja não é só pra você. Jesus não é só pra você.
2) Tenha certeza que você é essencial e indispensável. Sim, tenha plena certeza que você é totalmente indispensável. De fato, é incrível que a igreja tenha sobrevivido por 2000 anos sem você! Continue alimentando esta área necessária do seu ego, porque, sem você a igreja irá afundar! 
Chega a ser ridículo o nível que chegamos em igrejas pelo Brasil ao alimentar o mantra “você é especial”-gospel. Estamos criando cristãos mimados e irreverentes que chegam a pensar que se morrerem, a igreja irá morrer com eles também. A tendência é criar uma idolatria pessoal, onde EU sou mair importante que qualquer coisa e qualquer um – mais importante inclusive que a própria igreja e, num estágio final, mais importante que o próprio Cristo.
Se acontece com um ministro, pastor ou membro de liderança, os efeitos podem ser mais “cristãos” (no sentido de dar aquela aparência de piedade), mas são com certeza mais devastadores.
3)Trabalho da igreja é opcional. Desde que eu pague meu dizimo direitinho. Se Deus quisesse você fazendo trabalho de “peão” de igreja, ele não te daria dinheiro, te daria disposição! Como alguém já disse, tem outras pessoas na igreja pra fazer o que você poderia fazer. Então, pra que gastar energia? Compre uma cadeira confortável para sua igreja e acomode-se para assistir os cultos.

Uma das coisas mais cruéis que o pós-modernismo e poder aquisitivo tem levantado na igreja é a terceirização do ser cristão. Crentes preferem trabalhar um pouco mais para pagar alguém para fazer o ministério que eles deveriam estar fazendo.
Precisa-se de visitas? Contrate alguém bom de papo.
Precisa-se de evangelismo? Contrate alguém com este dom, pq eu não tenho.
Precisa-se de discipulado com os adolescentes? Contrate alguém para faze-lo.
Precisa-se de música? Contrate um ministro pra isso.
Aliás, entenda: não sou contra o reconhecer e recompensar financeiramente pessoas que estão responsáveis por determinadas áreas na igreja. Não Sou! Mas sou contra a filosofia de “paga-se para alguns fazerem enquanto os outros assistem”. Uma igreja onde somente 10% trabalha é uma igreja onde 90% é visitante – e entenda: não está sendo igreja.
Ser cristão é ser discípulo. Que envolve ação de imitar Cristo. Assistir não é ser discípulo – o que por sua vez não é ser cristão.