O apetite insaciável por super-heróis continua.

Os Vingadores (The Avengers) estourou nos cinemas o final de semana passado, fazendo-se esquecer todas as outras estreias que aconteceram naquele final de semana com seus mais de U$200 milhões de dólares de faturamento.

O roteiro não tem nada de novo: uma grande ameaça à raça humana surge, e um super-herói ou time de super-heróis surge para encarar a ameaça e salvar o dia. Falando e outra forma: uma ameaça dos infernos está vindo e pessoas não podem se salvar deste fato terrível. Então, um humilde salvador vem e faz um grande sacrifício para que o mal seja vencido e pessoas sejam libertas e um novo reino possa se estabelecer onde pessoas podem finalmente viver em paz.
O que é curioso é que o super-herói normalmente é em parte humano e em parte “de outro mundo”. Desta forma, o herói é como nós, mas ao mesmo tempo diferente. Ou, o herói é como nós mas melhor. Eles tem uma fragilidade emocional, momentos de pesar e tristeza. Mas, de alguma forma, eles sobrepõem as dificuldades para fazer o bem e exterminar o mal de maneira altruísta e incansável pelo bem de outros. Eles também tem poderes sobre humanos, inteligencia e habilidades. Algumas vezes eles até morrem, ou aparentemente morrem – apenas para retornar à vida de maneira invencível.

Alguns super-heróis andam sobre as águas. Outros podem ler pensamentos das pessoas. Alguns podem atravessar paredes. Alguns podem ressuscitar os mortos. Outros ainda vivem solitariamente e não são conhecidos sequer por aqueles que são próximos deles. Outros possuem uma identidade secreta. Alguns tem um arque inimigo.

Não importa quantas vezes esta mesmíssima e cansativa história  seja contada (com algumas novas crises ou salvadores para combatê-las), pessoas continuam se enfileirando para pagar um bom dinheiro e escapar da realidade por um tempo. Com um pacote de pipoca em uma mão e refri na outra, creio que é nossa forma de não perdermos completamente toda a esperança e sonho de um mundo onde um herói “meio homem, meio alguma outra coisa” vem para derrotar o mal e libertar os pobres e oprimidos em um novo reino de paz e vida.

 
Uma pena que precisamos sair do cinema e entrar na realidade outra vez. Se tão somente existisse um herói de verdade.
 
Será cada um que comprou um bilhete para assistir OS VINGADORES, lá no fundo, na verdade, queria encontrar Jesus?