Pinheirinhos que alegria

ADENDO PÓS-ESCRITO:
QUERIDOS, o que estou defendendo neste post não é “APEDREJEM SIM OS BANDIDOS”, mas cuidado ao tomar o lado de gente errada simplesmente pq vc não gosta do outro grupo errado. Jesus ao permitir que a mulher pecadora “fosse e não pecasse mais” ele não disse que ela não errou. Ele deu oportunidade para que ela mudasse a atitude.
NÃO DEFENDA O PECADO só porque tem alguém que cometeu mais pecados. TODOS SÃO MERECEDORES DA GRAÇA e devemos olhar para eles como tais. Sejam invasores, sejam políticos interesseiros.
NOVAMENTE: TODOS são alvo da graça. Não faça você uma seleção de quem pode ir para o céu e quem não pode.

Leia o post:

Nos últimos dias aqui em São José dos Campos a notícia tem sido “Pinheirinho” pra todos os lados. Tá até parecendo natal.

Como cristão, com certeza tenho várias questões com relação à forma que foi feita a retirada. Tenho também questões a como a própria população reagiu. Como cristão também devo me importar no como aquelas pessoas estão se virando, etc.
Ainda não fui ao local… na verdade nunca fui. Só passei por lá quando aquele se fez meu caminho. E com certeza isso é uma coisa que se pode melhorar.
Mas, fora tudo isso, existem certas coisas que são extremamente complicadas – como cristão e como cidadão. E gostaria de tomar a situação como exemplo pra outras situações que você que não é de SJC também pode viver.


REGIDOS POR SIMPATIA
Não se pode permitir que nosso padrão de moralidade seja algo que é regido pela simpatia ou empatia. Se existem atitudes erradas, não importa quem seja, elas precisam ser corrigidas, e em muitos casos, punidas. É exatamente este tipo de lei que nós repudiamos quando alguém nos oprime, um politico favorece outro político ou mesmo alguém dá a outra pessoa melhores oportunidades só porque ela tem o “quem indique”. Simplesmente NÃO É JUSTO.
Defender a atitude, e a gloriosa valentia admirável daqueles queridos por defenderem “o que é deles” não se torna correto simplesmente porque são pobres, simples, desfavorecidos (ou seja lá como vc quer chamar).
Eles estavam errados. Ponto.
O terreno não era deles.
Daí alguém comenta “Mas o Naji Nahas é ladrão”. Se ele é ladrão ou não é outra questão. Mas esta outra questão não justifica que outros mil, dois mil, cinco mil (sejam quantos eles forem) possam se tornar ladrões também.
Se o relatado individuo dono do terreno sonegou impostos, é ladrão, etc. É de autoridade do governo retomar como posse da união aquele terreno. DAÍ, se o governo decidir direcionar aquilo para casas populares, e então os queridões que moram lá quiserem adquirir através de pagamentos facilitados, daí si, será deles.
Mas ele se safa porque consegue pagar bons advogados. Isso não é Justo! Eles mereciam ficar lá mais que ele. Ele já tem muito
Opa, voltamos na questão de novo. Não se pode julgar questões num país por simpatia ou empatia (ou mesmo antipatia). E é exatamente assim que estamos tentando julgar. 
A criança não pode bater no cachorrinho que resolveu morder ele porque gosto mais do cachorrinho que do moleque de rua. O policial não pode imobilizar uma criança que estava jogando pedra nele porque eu gosto mais da criança que do policial. O argentino não pode falar mal da minha polícia porque gosto mais da minha polícia do que do argentino. O americano não pode roubar meu vizinho argentino porque gosto mais da argentina que do capitalismo americano… e isso continua em um ciclo sem fim. É um PEDRA-PAPEL-TESOURA social (aliás, desde quando papel ganha de pedra?!).
Postar fotos sem contexto é o mesmo que retirar uma frase de um livro e dar a ela o sentido que se quer. Repassar ódio não tem nada a ver com cidadania, menos ainda com cristianismo. Os policiais não agiram certo; a população também não.
QUAL NOSSO PAPEL COMO CRISTÃOS e CIDADÃOS?
A primeira coisa, deveria ser pensado é qual tipo de legislação estamos dispostos a defender? Se é pela simpatia que optaremos, devemos entender se o juiz decidir defender aquele que é mais amigo dele também.
Devemos defender a justiça? CLARO! Mas a justiça começa no individual.
“MAS ISSO NÃO É COISA SÓ PRA CRISTÃO, eu não sou cristão e também quero defender a justiça”. Espero realmente que sim. Mas quero falar especificamente aos meus amigos cristãos. Se alguém não cristão quer defender o que é justo, quanto mais alguém que se diz cristão (que por premissa deveria VIVER isso e não só defender).
UM PASSO ALÉM
Agora, como cristãos devemos pensar um passo além daquilo que é justo. Devemos pensar: Como o amor de Cristo, através da minha vida, pode ser demonstrado à todas as pessoas envolvidas em qualquer situação que me comove o coração? Qual a atitude que Cristo tomaria na situação X, Y, Z? Não é mais simplesmente aquilo que EU gosto, aquilo que EU quero. Mas aquilo que comove o coração de Cristo. Aquilo que Cristo quer fazer.
E enquanto escrevo este post penso também a mesma coisa com relação à minha própria vida. Ainda posso melhorar.

Com tudo isso, queri dizer que as ações foram acertadas e que não houve qualquer injustiça? Não. Só estou falando que é preciso tomar cuidado com que tipo de justiça é defendida. Temos que fazer algo? Sim. Creio que muito mais do que temos feito em nosso comodo espaço e zona de conforto.

Fique esperto!

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