Há hoje em dia uma determinada linha de pensamento teológico que me deixa um tanto quanto “irck” (sinônimo de uma lingua morta ancestral para “estou extremamente desgostoso e enojado com algo a ponto de um frio na espinha subir e me dar trimiliques”). Existem até pessoas que se dizem “pastores” com sites próprios dando conselhos ditos bíblicos às pessoas levando-as mais profundamente ao erro! (“IRCK!”)

Por isso, alguns fatores básicos para aqueles que são cristãos (ou não) ao que diz respeito à interpretação e aplicação bíblica:


1 – Princípio da Autoridade – reconhecimento da autoridade bíblica como todo… Ou você aceita ela como um todo, ou não aceita nada! O texto não é acultural, mas sim supra-cultural. Ou seja: ela tem características próprias da cultura da época, mas os princípios estão acima dela.

2 – Princípio da Revelação Progressiva – nem sempre um texto expecífico contém a totalidade da revelação de Deus sobre determinado assunto. (não dava pra Ele simplesmente jogar tudo o que ele pensava acerca de algo…)

3 – Princípio da Interpretação pela passagem mais clara – A Escritura se interpreta pela Escritura, e não pelo que EU acho… se alguma passagem não parece muito clara, recorra à outras que são!

4 – Princípio da interpretação por contexto – princípio básico mais esquecido!!! Não se pode fazer teologia sem olhar para o contexto cultural, do livro, da passagem e do versículo. O simples fato de dizer que “gosto de comer folhas” tirado de um contexto maior pode ser interpretado de diversas formas: folhas de papel, de árvore, de papel de arroz, de algas?

5 – Princípio da Interpretação de Palavras – os significados de uma palavra específica no original deve ser respeitada por aquilo que o autor quiz dizer, não pelo que a palavra veio a significar depois, hoje, ou antes… mas na época do autor!

Posso fazer a Bíblia dizer o que eu quiser se não respeitar estes princípios básicos… e tem muita gente fazendo-o. Só por favor, não caia nesta!