Ontem aconteceu o que talvez (talvez) seja um dos eventos mais fatídicos de 2013 para mim. Perdi dados (muitos dados) do computador por uma falha boba de hardware. Confiamos tanto nas tecnologias que vamos adquirindo, que conforme o tempo, vamos deixando que elas nos dominem.
Na tarde de ontem (26/2) mais de 380gb de dados, arquivos, trabalho, pregações, programas coletados no passar dos anos, imagens editadas, imagens coletadas, compradas. Coisas para uso no trabalho que desenvolvo como fotos, texturas, banco de imagens, e coisas que nem consigo (e provavelmente nem quero) lembrar neste instante. Parte de um tesouro digital que levará alguns meses (provavelmente mais de um ano) para conseguir coletar algo semelhante (nunca será possível fazê-lo igual). Há alguns anos já perdi alguns arquivos assim, mas nada que se compare ao que foi perdido desta vez. Principalmente porque desta vez foi perdido em um disco que tinha como objetivo ser um guardador seguro desses dados.
Este trágico evento me fez trouxe à mente pelo menos uma coisa:  meu tesouro não é deste mundo – nem do físico nem do digital. Não posso dar mais valor para algo que nem mesmo existe de fato para trocar por algo que é eterno. Talvez Jesus hoje fosso falar algo como: “Não acumulem para vocês tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem destroem, onde os ladrões arrombam e furtam, e onde vírus e degradação digital evaporam.”.
Tenho falado algumas vezes “onde está o teu tesouro está o teu coração”, e a verdade é que me senti muito abalado com a perda de anos de garimpo na internet. Mas a verdade maior é que meu coração deveria se sentir confortado, que independente da  importância daquele pequeno tesouro para mim neste mundo, o meu tesouro está garantido.